sexta-feira, 25 de julho de 2008

Presentes

No decorrer de nossas vidas Deus nos dá a oportunidade de encontrar pessoas capazes de fazer a diferença em nossa caminhada. É a essas pessoas que eu chamo de presentes. Alguns são raros, passageiros, você só tem pouco tempo para aproveitar essa presença , outros permanecem fisicamente conosco por toda vida. Aos meus presentes tenho muito o que agradecer, alguns me ensinaram a perdoar, amar, aceitar, conviver, ou não, rir das minhas próprias mazelas. Me trouxeram em suas caixas uma cultura enorme e que eu nunca encontraria em nenhuma biblioteca. Mas perdoar foi sem dúvida um dos melhores presentes que recebi, pois junto com este vieram outros, que são os mais inestimáveis que recebi. Eu os já tinha é verdade, mas nunca os aproveitei como deveria ou eles mereciam. Aprendi com um destes presentes a amar, não da forma como amava, mas sim como o amor deve ser, calmo, sincero e livre. Amar primeiro a mim mesma, aceitar e receber de coração aberto o lindo presente que sou. Todos deveríamos nos olhar como seres lindos, com alguns defeitos é claro, mas se estivermos dispostos e prontos abrir caixa dos nossos defeitos e de lá, ao menos tentar, equilibrar e superar nossos males, sim podemos ser lindos presentes para aqueles que nos cercam. E fazer de nossas vidas e da vida dos que estão ao nosso redor uma loja de natal, com cores e caixas, fitas e laços dos mais lindos e possíveis presentes.

domingo, 29 de junho de 2008

A Mãe Bengala.

Algumas pessoas vão achar muito estranho escrever sobre isso, mas outras tantas vão compreender o que significa ter uma “Mãe Bengala”. Alguns ficaram um tantinho escandalizados, afinal ser mãe é uma coisa sagrada! Tem até dia para elas. Outros dirão “o que é isso?” Ou nas palavras da própria “bengala”: “Nem parece que é uma pessoa religiosa!” Já escutei tantas vezes essa frase que bate uma revolta e dá vontade de ser tudo o que vai contra essa “religiosidade”, dá vontade de sair chutando, gritando, batendo, espancando. Calma aí! Não é nela claro! Afinal é sagrado, não se bate em mãe nem mesmo com uma bengala.
Vocês devem estar se perguntando, mas ter uma bengala não é uma coisa boa?
Bom vamos ao conceito de “bengala”: A bengala normalmente é utilizada para dar apoio aos mais idosos. Ah! Então a ser mãe bengala é legal! Na realidade não é bem assim.
Agora vamos ao meu conceito de “mãe bengala”:
Se você pensou que a “mãe bengala” fosse “a” bengala se enganou, a “mãe bengala” não é a bengala e sim o velhinho.
E adivinha só quem é a bengala?
Ah, vai dizer que não sabe?
VOCÊ!
Não entendeu? Eu explico!
Imagina andar com um velhinho apoiando em você o dia inteiro. E se o velhinho for gordinho então.
Assim é a vida para quem tem uma mãe bengala. Até você conseguir desenvolver um equilíbrio para sustentar todo o peso do velhinho. E pedir muito para que o velhinho em um acesso de raiva não espanque alguém e quebre “você bengala” ao meio. Mas você pensa, mas se ele quebrar a bengala como vai ficar? Não se preocupe uma boa “mãe bengala” sempre arruma outra bengala para se apoiar.

A Porta

Quem pega ônibus em São Paulo deve passar por esta situação quase todos os dias. E como trânsito e ônibus lotado não é privilégio nosso quem não mora também.
Vamos “a situação”. Em São Paulo existem os famigerados, mas abençoados corredores de ônibus e devido a isto foram instaladas mais duas portas em nossa Mercedes coletiva de todos os dias, ou seja, Mercedes coletiva quatro portas. Chique demais não é?
Então imagina aí... Quatro grandes astros de cinema ou televisão e mais ou menos oitenta indivíduos às vezes menos da metade disso às vezes uns vinte a mais, querendo ter acesso a eles, disputando sua atenção, pois é porta de ônibus virou mais um símbolo sexual do que uma passagem para entrar ou sair.
Quantas vezes você já entrou em um ônibus e deu de cara com uma porção de pessoas entravando a passagem da porta? E quantas vezes neste mesmo ônibus têm lugar para escolher onde ficar ou sentar? Aí você pensa: mas o ônibus deve estar lotado! Mas que nada!
Acredito que normalmente as pessoas enxerguem na porta do ônibus o Brad Pitt ou a Juliana Paes, e lá ficam elas assediando a “porta Pitt” ou a “porta Paes”. Algumas vezes é claro você não tem muito pra onde ir. Já pegou o Terminal Santo Amaro às 18h00min horas? Mas na maioria das vezes as pessoas se aglomeram na porta, não em busca de um “cantinho”, mas sim em busca de convidar “a porta Pitt” ou a “porta Paes” pra dar uma saidinha.
È aí que eu penso será que vai existir uma lei contra assédio da porta? Mas vale lembrar, que o assédio não é “NA” porta e sim “A” porta.

O Alho Nosso de Cada Dia.

Todos nós conhecemos uma figura literária muito usada em um bom romance de terror: O Vampiro! Isso mesmo, Vampiro. Muitos acreditam que ele só exista em filmes e livros, mas hoje em dia é uma figura muito comum em nosso dia a dia. Mas como? Como posso acreditar que um ser que suga o sangue de sua vítima, muitas vezes até a morte ou até torná-la um igual, possa existir nos dias de hoje em pleno século 21? Simples! Você primeiro precisar saber que o bom vampiro moderno não vive mais de sangue. E sim de energia. Isso mesmo. Quantas vezes você sente que estar com uma pessoa é tão ou mais cansativo do que uma dura jornada de trabalho? Quantas vezes você sai de uma simples conversa, como se tivesse carregado uns cinqüenta kilos de cimento? Bom, se você já se encontrou em ao menos uma dessas situações, parabéns, você foi atacado por um moderníssimo vampiro. Pois é, hoje em dia encontramos em nosso dia a dia muitos vampiros, muitos deles nem ao menos sabem que são vampiros.
Conversam, vivem, trabalham, estudam, tudo normalmente, mas é em uma simples conversinha, em um simples momento que o “vampirismo” se manifesta. Você já conversou com uma pessoa e que as desgraças dela são sempre maiores que a seca do nordeste, o tsunami ou até mesmo que o 11 de Setembro? Então você realmente conhece um vampiro. O vampiro não se limita a lamentar um problema como uma situação corriqueira, e que pode ter final feliz. NÃO! O vampiro transforma seus problemas em fatos dignos de uma boa catástrofe natural e que provavelmente vai ocorrer mais de uma centena de vezes nos próximos minutos, em que vocês estiverem conversando. O vampiro retira de você toda a sua crença de que tudo pode dar certo, ele transforma sua esperança em energia para sua sobrevivência e faz de você um alimento nutritivo. E muito cuidado! Você pode se contaminar, pois nem sempre o vampiro quer só a seu “sangue”. Na maioria das vezes ele quer mesmo é alguém para ser igual. Alguém com quem ele irá debulhar todas as suas lamentações e ouvirá lamentações iguais ou piores que as suas, então juntos eles transformaram o mundo em um lugar sombrio e deserto. Ufa! E como vencer toda essa “vampirização”? Como deixar de conviver com o vampiro que pode ser minha mãe, minha irmã, minha amiga, meu sogro? Pois, você sabe, por mais otimista que você possa ser, um bom vampiro pode acabar com toda essa alegria, ainda mais se o vampiro estiver tão perto, no seio familiar, no trabalho, no círculo de amizades. O jeito então para todo esse “vampirismo” é adotar um comportamento simples o consumo do alho nosso de todo dia. Mas não é o alho que compramos na feira ou no mercado, pois ele infelizmente não funciona com o vampiro moderno. O que funciona é manter o pensamento aberto e o coração tranqüilo, pensando sempre que tudo pode e deve ser melhor, do que foi ou é. E se possível manter certa distancia também funciona muito bem. Pois o contato muito próximo torna o poder do vampiro quase fatal.
Então vamos lá! Todo mundo consumindo bastante alho!
E viva o pensamento FELIZ!